Vitor Claro deixou de balancear entre o seu restaurante e o vinho para ficar Claro que se queria dedicar a 100% à felicidade líquida. Inicialmente apanhado pelo bichinho do vinho em grandes comezainas com enófilos e produtores de gargantas profundas, foi encontrar no Norte Alentejo, na Serra de São Mamede, um recanto para apaziguar a sua comichão vínica. As vinhas velhas em solos xistosos a 750m de altitude estão acima da brasa alentejana, num colorido de castas locais (Alicante Bouschet, Tinta Francesa, Moreto, Castelão, Trincadeira e outras). Os murmúrios positivos sobre o potencial da região de Portalegre e a vontade de frescura convenceram o Vítor que se pelo menos não havia ainda Domaine, poderia encontrar aí um terroir a juntar como nas peças de Dominó. A Rita era a peça fundamental que faltava para a organização das peças, para dar a ligeireza e a energia focada para realizarem juntos vinhos frescos, honestos, bonacheirões como o seu mentor. Fazem vinificações sem pós de perlimpimpim, revelando um Alentejo mais leve e digesto, completamente fora do mainstream alentejano. Desde 2015 começaram a experimentar outras regiões, com o Colmeal na zona da Beira interior, o Las Vedras no Oeste de Lisboa e mais recentemente começaram a cuidar de uma vinha em Carcavelos. Quem tem mão na cozinha, tem nariz no vinho.
Dominó
Vitor Claro
Alentejo