Vincent Caillé é uma pessoa aérea que deve ter nascido num dia flor, na sua atitude que pode lembrar o pássaro “colibri” que ele refere num dos seus vinhos. Quinta geração de uma linhagem antiga de viticultores, tomou conta da produção familiar em 1986, saindo de uma escola onde diz ele “ensinava-se a vinificar e não a cultivar a vinha”. Os seus primeiros passos foram na viticultura convencional e em meados dos anos 90, descobrindo as práticas dos pioneiros naturais da zona, Guy Bossard e Jo Landron, converteu a quinta em agricultura biológica e mais recentemente em biodinâmica. Cultiva 25 ha de vinhas situadas essencialmente à volta de Monnières, incluindo as aldeias de Gorges, Maisdon-sur-Sèvre e Mouzillon.
Três solos distintos:o orthogneiss e o gneiss, ambos rochas metamórficas, a primeira aquecendo mais rapidamente e pode sofrer da seca enquanto o gneiss com uma camada argilosa um pouco mais profunda reage melhor aos extremos do clima; por fim o gabbro, solo de origem vulcânica com uma camada argilosa profunda que confere um solo mais frio e um ciclo de maturação mais longo, vão definir a expressão dos vinhos essencialmente produzidos a partir da casta Melon de Bourgogne, tendo em complemento a casta branca Folle blanche que produz o Gros Plant. Outra singularidade da quinta é o trabalho conduzido para valorizar os vinhos tintos da zona, a partir das castas autóctones Abouriou (que se encontra principalmente no Marmandais com Elian Da Ros por exemplo), Cabernet Franc, Gamay e Côt, dando vinhos leves e digestos mas sem perder consistência, para completar os famosos brancos firmes de Muscadet.
Fay d’Homme
Vincent Caillé
Loire