Não é uma pomada, é uma pomadona como diria o goliardo Francisco Duarte Lima, com um PAI (persistência aromática intensa) muito elevado.
Para regressar às aulas vínicas, este vinho é imprescindível para se sentar à mesa e meditar bem duas horas a deliciar-se com um vinho inicialmente selvagem, que começa depois de meia hora a soltar aromas de frutos pretos, especiarias, o fundo mineral chega a seguir, com este final ligeiramente amargo tão raro e tão emocionante quando se apanha de repente num golo suave.
Este vinho é uma viagem no norte de Espanha com Ricardo Palácios, nas vinhas velhas da casta Mencia, em encostas íngremes, como suspensas no ar e enraizadas no xisto.