Em 2001, Pacale e Bixintxo Aphaule, formados em agricultura e enologia, decidiram lançar-se na vida de cidreiros-camponeses. Foram dar continuidade à longa história da maçã no país vasco, que precipitou a queda do Império romano quando os Romanos descobriram no ano 100 depois de Cristo esse lugar verdejante e ameno engonçado entre o Golfo de Gascogne e os Pirinéus atlânticos, a cavalo entre Espanha e França, e que sucumbiram em 101 à magia da maçã fermentada. Os Aphaule começaram com um pedaço pequeno de vinhedo que não dava para viver e um pomar de 2,5 ha que não correspondia às expectativas, sendo plantado com Maçã Golden, Canada, variedades internacionais que precisavam de tratamentos intensivos (de 4 em 4 dias de Março a Setembro !) para dar uma fruta comestível, sem corresponder mesmo assim ao paladar procurado.
Decidiram reenxertar todo o pomar com variedades locais que existiam à volta da quinta (Bordalesa, Apez Sagarra, Eztika, Anisa, Eri sagarra, Minxuri, Gordin xuri, Mamula,, Burdinga, Jinkoa, Gehesia Gorria, Errezila, Koko xuria) e passaram também a recolher maçãs antigas de vizinhos que não usam pesticidas nem herbicidas. Reconstruíram uma grande variedade de macieiras enxertando localmente e fazendo experiências em diferentes solos (dolomies, xisto preto, grès vermelho) para estudar o comportamento da árvore e o fruto que dava. Produzem mais um vinho de maçã, Sagardoa em vasco, que uma sidra porque abordam as variedades antigas com o olhar de viticultores-enólogos e porque o gás é um elemento residual nos vinhos produzidos. Os vinhos de maçã produzidos têm nomes que se referem à mitologia vasca e revelam um carácter gastronómico e uma expressão natural que nos abre os horizontes :
Basandere, pronunicar Bachandéré, que significa a mulher selvagem
Basajaun dizer “bachadiaoun” o homem selvagem ou diabo
Txalaparta vinificado com 2 variedades : Apez sagarra pela sua estrutura tanica e a sua finura, Eztika pela sua suavidade e expressão frutada.