Produtor de cepa camponesa, Massimo Benevelli é um autodidacta e caçador nas horas outonais post-vendemmia. Representa a terceira geração de viticultor, seguindo os passos do avô que produzia uvas e vinho em garrafão (“damigiane”) e do pai que começou a engarrafar e etiquetar no ano 1976 e que Massimo acompanhou desde os 14 anos de idade.
A viticultura segue uma tradição camponesa de bom senso que não imagina alimentar-se de uma terra poluída, consciente da necessidade de cuidar dos solos e das plantas sem desequilibrar os eco-sistemas com produtos químicos de síntese, sendo assim natural mas não certificada.
As vinhas de Dolcetto vêm da zona de Serralunga que está ao lado de Dogliani, zona mais qualitativa para esta casta, enquanto as vinhas de Nebbiolo, Barbera e Freisa são cultivadas na zona chamada Frazione San Giuseppe a Monforte d’Alba, acima do cru Ginestra confinando com Serralunga d’Alba.
Na adega, Benevelli faz parte dos Barolistas “tradicionalistas” com fermentações espontáneas em inox, macerações entre 8-10 dias para os Dolcetto e Freisa, 12 a 15 dias para Barbera e Nebbiolo, até 40 dias dias para os Barolos, e envelhecimento em toneis de 40e 50 hl, sem clarificações nem filtrações.
O vinho Dolcetto estagia só em inox, o Nebbiolo faz um estágio breve em tonel entre 4 e 6 meses conforme o estilo da colheita, enquanto o Barolo passa entre 18 meses e 24 meses em tonel.
Denise, a companheira dinâmica e gulosa de Massimo accompanha o andamento desta quinta que simboliza bem, para nós, a tradição e a transmissão piemontesa de produzir vinhos de território a partir de vinhas expressivas duma grande singularidade e de grande aptidão gastronómica.