Resultados das 1001 noites
Tema: Borgonha
Produtor convidado: João Roseira (Bago de Touriga, Quinta do Infantado)
Data: 11 de Abril
Incursão no mundo dos brancos gordos, de guarda, que inspiraram muitos novos produtores e dos tintos aéreos muitas vezes mal recebidos pela sua ligeireza. O primeiro branco de Domaine V.Prunier Auxey-Duresses 2001 estava já em fase de descendente, com uma cor acastanhada, oxidação, mas em boca apesar da falta de frescura, o vinho tinha um corpo equilibrado e aromas persistentes. O Chassagne-Montrachet 2006 do Domaine Maroslavac mostrou-se potente, com perfume de fruta bem madura, mas ainda um pouco fechado, o arejamento ajudou a soltar uma componente mais mineral, mas o vinho está ainda a precisar de tempo em garrafa. O 3º branco, “Domaine Goisot Corps de Garde 2005” era da zona mais fria de Yonne, perto de Chablis, em Saint-Bris. O vinho era fresco, o estágio em madeira notava-se mas o conjunto era o mais realizado nessa altura. Nos tintos, Começámos na zona da “Côte Châlonnaise” com o vinho La Fortune 2006 do “Domaine A.et P. De Villaine”, com uma fruta viva do tipo fruta do bosque ácida, boca média com um final taninoso, um belo exemplo da pureza da casta Pinot noir. O Corps de garde tinto 2005 do “Domaine Goisot” era menos denso em boca, notava-se mais evolução aromática, o conjunto era leve mas persistente aromaticamente. O último vinho da noite foi um Nuits Saint-Georges Aux Allots 2005 do “Domaine Machard de Gramont”, um vinho da Côte de Nuits, mais potente, cor mais opaca, aromas a cereja concentrada e taninos mais vigorosos. Este vinho confirmou que os vinhos do ano 2005, na Borgonha, idolatrados pela crítica, precisarão de mais tempo para serem apreciados.