André Ostertag (apelido que significa Dia de Pascoa) dirigia com a irmã Annie esta propriedade familiar desde 1980 com 14,5 ha (50% dedicados ao Riesling) constituída por 80 muito pequenas parcelas (designadas como “jardins”) em 5 aldeias: Epfig (63%), Nothalten (30%), Itterswiller (2%), Ribeauvillé (4%) e Albé (1%), até o filho Principe Arthur tomar a sucessão em 2018. Numa explicação extremamente estruturada e determinada, aborda o vinho e a vinha duma forma sensorial e intuitiva, procurando sentir o perfil de cada parcela e relacionar-se com a vinha de modo a dali colher as melhores uvas, porta-vozes da parcela de onde vêm. A bio-dinamica é a opção tomada desde 1998 e defendida sem imposição para revelar o terroir. A volta de Epfig, trabalhou para valorizar algumas parcelas como o Grand Cru Muenchberg (a parcela dos Monges) ou o cru Fronholz (o bosque dos veados que iam limar os cornos). Costumam classificar os vinhos produzidos em 3 categorias :
1. vinhos de fruta com o nome Les Jardins, vinificados em geral em inox à excepção dos Pinot vinificados e estagiados em barricas usadas
2. vinhos de pedra que contam o terroir e onde se pretende realçar o impacto do solo e do lugar, e a mineralidade que confere aos vinhos
3. vinhos de tempo onde se busca a sobrematuração tipica da região para produzir vinhos intemporais.
com um cunho muito pessoal, uma pesquisa quase espiritual, o que explica Ostertag se ter tornado para muitos amadores um produtor de culto, mantendo a eterna procura do fazer melhor. Com a liderança recente do Arthur, uma energia juvenil dá um impulso novo ao trabalho iniciado pelos avôs e André, e um olhar diferente traz inovações na vinha (com o regresso dos trabalhos a cavalo, uma reflexão sobre a fertilização do solo) como na adega com ensaios sobre a maceração dos Gewurztraminer e uma abordagem diferente dos Pinot noir. Uma boa passagem de mão entre gerações permite entrever novos capitulos ricos à esta quinta consagrada e em movimento.
Domaine Ostertag
André Ostertag
Alsace