1001 noites, elementos sobre a sessão Piemonte (Itália)

Elementos relativos à sessão das 1001 noites
Tema : vinhos do Piemonte (Itália)
Data: 17 de Outubro de 2008

O Piemonte é conhecido sobretudo por ter dado vida a 2 vinhos tintos notáveis, o Barolo e o Barbaresco. O primeiro é considerado como vinho dos reis e rei dos vinhos. Mas estes 2 vinhos cultos só surgiram na 2ª metade do século XIX, e existem na sua versão moderna só desde o final dos anos 1970. O primeiro vinho seco feito com a casta Nebbiolo foi feito à iniciativa de Camillo Cavour, pai da unidade italiana, que contratou à volta de 1850 um enólogo francês Louis Oudart, para a sua quinta de Grizane perto de Alba, de tal modo a produzir um vinho tinto seco e de guarda. Aproveitando as suas relações com a casa de Savoia e a nobreza da corte de Turim, soube perfeitamente lançar a fama do seu vinho que conquistou já no final do século um lugar a parte na hierarquia dos vinhos italianos, tal como o Barbaresco que competiu com ele graças ao trabalho de Domizio Cavazza. O Nebbiolo foi até preservado da praga da filoxera no final do séc. XIX.

O vinhedo piemontês é fragmentado, a vinha sempre fez parte dum sistema de policultura, onde o agricultor alugava a terra aos nobres para produzir, sem conseguir muitas vezes ter uma rentabilidade suficiente. A fama alcançada pelos vinhos piemonteses incentivou e sustentou economicamente as pequenas quintas actuais. Por exemplo, 1250 produtores cultivam 1200 ha na área do Barolo.
Se o Nebbiolo foi o promotor principal da fama regional, os vinhos com esta casta representam só 3% da produção de tintos. É sem duvida a casta mais famosa do norte de Itália. Foi registada como videira célebre na região já no séc. XIV e provavelmente deriva do nome de nebbia, nevoeiro frequente no Piemonte em Outubro durante as vindimas. Dá vinhos perfumados, untuosos, mais taninosos quando plantada em terrenos calcários com ferro como em Serralunga d’Alba.

50% da produção regional é feita com a casta Barbera, que foi desenvolvida depois da filoxera, pela sua facilidade a produzir em qualquer sítio. Como o Nebbiolo, a Barbera dá vinhos com uma cor escura e tem uma acidez natural elevada, mas muitas vezes precisa de menos tempo em garrafa para ser bebido, se for plantada em terrenos quentes e vindimado mais tarde.

O rival da Barbera é o Dolcetto, capaz de amadurecer nos sítios mais frios e mais elevados. Suave, quando o Barbera é às vezes cortante, mas capaz de um belo equilíbrio entre o carnudo, denso e amargo. O melhor Dolcetto vem de Alba.

1. Schiavenza Dolcetto Sorí 2005

Quinta com 8 ha criada desde 1956 e que perpetua um estilo tradicional de vinificação sem madeira nova e com grande balseiro. Este vinho feito com a casta Dolcetto provém de vinhas plantadas em Serralunga d’Alba, em solo argiloso-calcário, entre 300 e 400m de altitude, numas encostas expostas a sudeste e oeste. Estagiou 8 meses em cuba de inox.

2 Alessandro Barbera d’Asti Lunalta 2004

Quinta familiar com 11 ha de vinhas, situadas nos solos argilosos e arenosos de Agliano Terme na zona d’Asti, a 220 m de altitude. As vinhas não levam fertilizante químico nem herbicidas. O vinho Lunalta produzido a partir da casta Barbera, provem das vinhas mais antigas, com um rendimento baixo de 40 hl/ha, num solo mais argiloso e arenoso que na zona chamada Langhe, mais perto de Alba. Vinificação em cubas de inox e estagio de 6 meses em grande balseiro de madeira.

3. Schiavenza Barbera d’Alba 2004

As vinhas mais novas são situadas na zona de Monforte d’Alba, plantadas a 350m de altitude, em solos argilosos e arenosos. O vinho estagiou entre 15 meses em cuba de inox.

4. Schiavenza Langhe Nebbiolo 2004

Vinhas plantadas na zona de Serralunga d’Alba, em solos calcários, numas encostas a 350 m de altitude, expostas a sudeste e oeste, vindimadas no final de Outubro. Estagiou 1 ano em cuba de inox e estagiou mais 10 meses em garrafa antes de ser comercializado.

5. Schiavenza Barolo Broglio 2001

Vinhedo que faz parte dos mais nobres de Serralunga, Broglio está exposto a sul a 350 m de altitude, num solo argiloso fortemente calcário, que tem tendência a desenvolver com tempo aromas delicados a rosa murcha.

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