6ªfeira, 29 de Maio, nas 1001 noites: vinhos de Colares

“Ó meu querido Tio, que sabe como eu gosto de si, que até estava o ano passado com tenção, se soubesse a sua morada em Paris, de lhe mandar meia pipa de Colares, não fique pois zangado comigo.
Bem infeliz já eu sou!”

Eça de Queirós, Os Maias

Não se sabe com exactidão quando se plantaram aqui as primeiras vinhas. Pensa-se que a introdução da casta “Ramisco” na região se deve ao rei D. Afonso III que a teria trazido de França: em 1255, quando fez a doação do Reguengo de Colares a Pedro Miguel e a sua mulher Maria Estêvão, obrigou-os a plantar as videiras que ele mandara vir de França.

Foi na Várzea de Colares que se desenvolveu a cultura da vinha distribuída por duas modalidades: a cultura em chão de areia e a cultura em chão rijo. Foi a primeira que deu fama ao vinho de Colares, um vinho que sempre esteve presente nas mesas aristocráticas e burguesas, tão bem descritas por Eça de Queiroz.
Em 1865 verificou-se no norte do país a entrada da filoxera; em Colares, as castas instaladas em solo arenoso resistiram a esta praga, facto que contribuiu muito para o incremento da vinha, ainda hoje instalada sem recorrer aos porta-enxertos americanos.
Este foi um dos principais motivos para que Colares chegasse a ter 1500 hectares de vinha. Em 1908, a Região de Colares tornava-se a segunda do país a ser demarcada.
Com a expansão imobiliária, Colares tem agora apenas 22 hectares. Com 100 anos de demarcação, Colares tornou-se um vinho em vias de extinção!

Condições naturais: Clima atlântico. Vinha junto ao mar, o Ramisco plantado em terrenos arenosos, as restantes castas, essencialmente João Santarém (Castelão) em chão rijo. Os ventos marítimos, muito fortes, obrigam a construção de abrigos, tradicionalmente feitos em cana.
Castas tintas: Ramisco (min. 80% no DOC Colares), João Santarém (Castelão)
Castas brancas: Malvasia, Arinto, Fernão Pires e Vital.
Vinhos: Tintos e brancos frescos, leves, subtis, nível alcoólico baixo e com grande capacidade de envelhecimento.

Quando? 6ªfeira, dia 29 de Maio, das 19h30 às 21h30
Onde? Na garrafeira/bar de vinhos Os Goliardos, junto à praça da Alegria em Lisboa
Quanto? 15 euros por pessoa
O que inclui? Sessão animada e pedagógica sobre o tema, vinhos às cegas e petiscos a condizer para não se engolir em seco!

Como faço a minha reserva? Basta enviar um e-mail para info@osgoliardos.com com nomes dos interessados em participar. Temos um número limite de lugares por isso a corrida está lançada!

Iremos provar novidades: verdadeiras antiguidades e relíquias!

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