Resultados da prova das 1001 noites de Dão tinto

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Prova de dia 2 de Nov 2015
Na prova participaram 18 pessoas, todas conheciam a lista dos vinhos, mas nenhuma conhecia a ordem pela qual estava a ser servida.

No conjunto, provámos vinhos do Dão que apresentam uma frescura que dá prazer, em que se sente a procura de um estilo mais clássico, com algum toque guloso, e em que a madeira marca ligeiramente os vinhos.
O vinho mais velho da prova, o Terra de Tavares 2002 foi muito apreciado no seu estilo evoluído, algo rústico, uma boca profunda e viva. O vinho mais votado foi o Vinha Paz Othon 2009, cheio, complexo, frescura e boa estrutura em boca, mais sedutor no nariz pelo toque de madeira. Apenas com um voto de diferença, o Gran Vizir 2011 da Quinta da Pellada, num perfil mais floral e delicado, aberto, menos marcado pela madeira, com boa leveza. O Vinho do António Madeira 2012 foi o vinho mais fresco e fluído, mais interiorizado, leve e profundo.

Informação individual de cada vinho e produtor
(os preços indicados foram os apresentados como preço especial de prova)

António Madeira 2012 17€
Vinho pouco expressivo no nariz, muito fresco em boca, acidez bem presente, taninos que apresentam sensação de pó, que dá uma sensação mineral, leve e fluído, elegante.

Este tinto é feito a partir de vinhas velhas e tem como base as castas Tinta pinheira (Rufete), Negro Mouro (Alicante-Bouschet, casta tintureira), Tinta Amarela (Trincadeira) e Baga. Estagiou 16 meses em barricas usadas e foi engarrafado no verão 2014. O ano 2012 foi um ano com um Inverno e uma Primavera invulgarmente secos e um tempo fresco e ameno em Setembro que contribuíram para uma vindima com um ciclo tardio e obrigou a uma selecção criteriosa para atingir a maturação correcta das uvas.

Quinta da Pellada, Gran Vizir 2011 15€
Vinho com o nariz mais floral e aberto, com um toque redondo, boca fresca, leve, taninos delicados, mas ao mesmo tempo profundo, final salivante e fino.

Vinho que provém das encostas que olham para a Serra da Estrela, produzido com as vinhas velhas da Quinta de Saes (misturam Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz) e o Jaen da Pellada. Estagiou em barricas usadas. O ano 2011 foi quente e exuberante, com um ciclo de maturação mais rápido.

Lagar de Darei Reserva 2011 10€
Prova: vinho com nariz quente, cheio, alcool sobresaliente, uva madura. Por contraste apresentava uma boca mais fresca, simples, com notas vegetais.

Vinho produzido na zona de Mangualde a caminho de Penalva do Castelo. O lote é o tradicional com as 4 castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, proveniente de vinhas bastante recentes (9 anos), fermentadas em cubas de cimento. O vinho estagiou 2 anos em cimento.

Vinha Paz, Vinha Othon 2009 15€

Prova: Vinho cheio, complexo, fresco, que apresentava os taninos mais rugososs, sem excesso ou agressividade, toque doce ligado a uma madeira mais perceptível, um vinho profundo, mais realizado, num estilo entre clássico e moderno .
A vinha Othon é uma vinha velha da tia do Henrique Canto Moniz, com castas misturadas incluindo Baga e uma dominante de Jaen. O vinho leva um complementa de Touriga Nacional com uma idade de 20 anos e fermenta em lagar antes de estagiar em balseiro grande. O ano 2009 foi um ano clássico com uma boa maturação das uvas.

Quinta da Boavista, Terra de Tavares Reserva 2002 16€
Prova: Claramente o vinho mais velho da prova, nariz evoluído, com boca viva, acidez bem presente, no nariz aromas de couro, pele, azeitona, pétalas de flor seca. Um vinho não perfeito, algo rústico, mas com muita vida e que dá gozo beber.

Ano fresco e húmido em Setembro, que levou a uma seleção difícil em vinha e a atrasar a vindima para deixar secar as uvas entre as chuvas. O vinho tem como base Jaen (50%), Touriga Nacional (40%) e Rufete (10%), fermentou com as 3 castas juntas e estagiou em cascos velhos de 600 litros.

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