Iago faz parte duma nova geração de viticultores galegos que participam de uma dinâmica muito estimulante no panorama do vinho iberico. Numa zona historica do vinhedo europeo- Ribeiro era a região de maior produção europeia no séc. XIX – que sofreu muito o exodo rural e onde a viticultura caiu no abandono, sobretudo nas zonas dificilmente mecanizaveis, existem novos actores que fazem emergir vinhos de terroir, com uma viticultura e uma vinificação que se inspira dos metodos biologicos e biodinamicos.
O nome Augalevada deriva dum rio que passa dentro da sua quinta, e Iago Garrido teve um encanto quando descobriu à venda os 4 ha de terreno atrás do Mosteiro San Clódio, na parte Norte da DO Ribeiro, ao pé do Rio Avia na zona de Rioboó. Formado em engenharia agrícola, Iago, influenciado pela permacultura, decidiu plantar 2,5 ha de vinhas em socalcos, desbravando a floresta que invadia a quinta. Depois de plantar inicialmente as castas maioritárias da zona Godello e Treixadura, ficou um pouco desiludido com o lado monolítico dos vinhos e re-enxertou a seguir castas menos promovidas na zona como Lado, Agudelo em branco, Sousón, Caiño de la tierra em tinto para ganhar complexidade e diversidade. Colabora também com viticultores locais da zona das ribeiras de Arnoia, Avia e Miño para produzir vinhos da gama Mercenario. Muito intuitivo e livre, vinifica em cubas de inox e talhas enterradas e faz estagiar os vinhos parte em talha e parte em barricas usadas durante 8 a 10 meses.
Iago faz vinhos de forma muito intuitiva, é curioso de arriscar, experimentar formas de fazer (macerar ou não, estagiar em ânforas enterradas), sem ficar paralizado pelos critérios ortodoxos da enologia ou as imposições do pseudo mercado. A sua atitude pura, generosa, atenta faz dele um actor fundamental para promover vinhos numa região che outros viticultores galegos como Jose Luis Mateo consideram com a com o potencial maior e não revelado dentro da Galiza.
Augalevada – Garrido
Augalevada - Garrido
Galiza