1001 noites: 12 de Fev, sessão sobre a Touriga Nacional comentada pelo convidado Luís Lourenço da Quinta dos Roques e Quinta das Maias (Dão)

Touriga Nacional

(também conhecida por Tourigo, Preto Mortágua, Mortágua, Elvatoiriga ou Tourigo Antigo)

 

O cacho alongado com bagos pequenos, arredondados, de tamanho não uniforme, com a epiderme negra-azul. A polpa é rija, não corada, suculenta e de sabor peculiar. Apresenta uma maturação média e a produção pode ser algo heterogénea. Quando usada numa percentagem conveniente, obtêm-se vinhos de cor intensa, com aromas fortes de elevada complexidade, frequentemente com toques de violeta, teor alcoólico elevado, com taninos nobres.

 

Historicamente desenvolvida no Dão onde sempre fez parte dos lotes dos vinhos de mesa e no Douro onde fazia parte dos Portos, a Touriga Nacional tornou-se na história recente a casta raínha em Portugal, sendo hoje em dia plantada igualmente no Alentejo, Estremadura, mas também na Austrália, Califórnia, Espanha… Anda na boca de toda a gente.

 

Se por um lado a Touriga Nacional é uma casta efectivamente muito interessante e completa, quando marca demasiado o vinho pode torná-lo excessivamente exuberante (a cair para muitos no enjoativo). E marcar os vinhos de todas as regiões em Portugal com a mesma casta também significa quebrar a diversidade das regiões.

 

 

 

Que características confere ao vinho? Que tipo de envelhecimento proporciona?

Como se revela em diferentes regiões? Qual o seu papel num vinho de lote?

Até que ponto não se estará a abusar de plantação de Touriga Nacional? É de facto importante Portugal ter uma casta Nacional para a sua promoção?

 

Iremos provar 5 vinhos às cegas todos eles com Touriga Nacional, e aproveitaremos para tertuliar a questão da Touriga Nacional.

 

 

Luís Lourenço, produtor da Quinta dos Roques e Quinta das Maias (Dão)

 

Um defensor do património das castas autóctones, Luís Lourenço produz vinhos no Dão, na Quinta dos Roques e Quinta das Maias, tanto mono-casta como de lote.

Tem a particularidade de ter mono-castas variadas, algumas delas vias de desaparecimento:

Tinto: Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro, Tinto Cão, Tinta Roriz

Branco: Barcelo, Verdelho, Malvasia, Bical com Cercial e Encruzado

 

Quando o conhecemos pela primeira vez perguntamos-lhe porque concentrava a sua produção em castas locais, ele respondeu-nos que Bordéus tinha 300 anos de avanço no conhecimento de Cabernet-Sauvignon, e o Dão tem 300 anos de conhecimento das castas locais, por isso a aposta era para ele evidente.

Sendo ele um conhecedor empírico e produtor de Touriga Nacional na região de onde ela é proveniente, a sua participação na sessão sobre esta casta será um contributo importante para enriquecer o conhecimento e o debate dos presentes.

 

 

Quando?      5ªfeira, 12 de Fevereiro, das 19h30 às 21h30

Onde?          Na garrafeira/bar de vinhos Os Goliardos, junto à praça da Alegria em Lisboa

Quanto?       15 euros por pessoa, a pagar no momento da inscrição.

O que inclui? 5 vinhos provados às cegas, entradas a acompanhar (tipo queijos, enchidos, tortilha), e uma tertúlia animada e pedagógica sobre o tema.

Como me inscrevo? Basta enviar um e-mail com nomes dos interessados em participar.  Temos um número limite de lugares por isso a corrida está lançada!

 

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