Esta 6ªfeira, 25 Set, nas 1001 noites, descoberta da região de vinhos da Loire

Vinhedo extenso, pouco compacto

Vinhedo mais extenso de França, o vale do Loire expande-se desde o Maciço Central (Auvergne) até ao sul da Bretanha onde o rio desemboca no Atlântico. Os vinhedos com a Denominação de origem controlada são localizados essencialmente à beira do rio Loire, nas encostas, entre Sancerre e Pouilly-Fumé na região “Centre” e a zona de Nantes perto do Atlântico com o Muscadet. Embora extenso, o vinhedo da Loire representa apenas 55 000 ha de vinhas, representando metade do vinhedo de Bordeús e um pouco mais do Vale do Ródano.

Diversidade de micro-climas

A grande extensão do vinhedo faz com que existissem grandes disparidades entre o clima continental de Sancerre no Centro e o clima oceânico mais suave do Atlântico. Na faixa atlântica de França, este vinhedo constitui o limite setentrional do cultivo da vinha. As incertezas climatéricas são compensadas pelo efeito de regulador térmico do rio que atenua as variações e tem um papel fundamental na natureza dos solos como na maturação das uvas.

Os vinhos da região

O ponto comum a estes vinhos é a frescura e a finura dos melhores vinhos da zona. Podem ser parceiros leves e frutados de ocasiões simples como vinhos de grande guarda em brancos (Sancerre, Pouilly-Fumé, Savennières, Côteaux du layon) ou tintos (Bourgueil, Chinon particularmente).

Uma região menos conhecida de grandes vinhos, com uma nova onda de vinhos puros

As primeiras vinhas na zona datam do século V. Foram os Holandeses a desenvolver a fama dos vinhos locais, seguidos pelo Ingleses com os vinhos do Poitou e Anjou, mas o crescimento de Bordeús provocou o declínio da zona vínica. A proximidade de Paris teve paradoxalmente um papel ambíguo : permitiu escoar grandes quantidades de vinhos frescos e baratos nos bares e restaurantes mas não valorizou até há pouco o potencial qualitativo desta região. Hoje com o dinamismo de novos produtores, adeptos de viticultura mais natural e de vinificações com poucas manipulações, os vinhos alternativos do Loire são muito bem representados nas Garrafeiras e Bares de vinhos da onda ecológica “branché” na capital mas também nos Estados Unidos. É uma bela recompensa porque são vinhos singulares e ainda acessíveis.

As 7 sub-regiões da Loire:

Cada uma das 7 sub-regiões tem um estilo próprio devido aos solos (areia, calcário, argila), climas e as castas inerentes aos factores precedentes. As mais importantes são :

Na região atlântica de Nantes, a DOC Muscadet e a DOC Gros Plant com vinhos frescos, minerais que lembram o Vinho Verde. A casta do Muscadet é o Melon de Bourgogne que foi trazido da Borgonha pelos Holandeses. O Gros Plant é produzido a partir da casta Folle Blanche.

A seguir Anjou-Saumur, zona chamada Jardim de França, terra da casta branca Chenin (também chamada Pineau de la Loire) que dá vinhos secos, ricos e carnudos e grandes licorosos que associam concentração aromática e açucares com altos níveis de acidez, à maneira dos vinhos alemães.

Mais oriental, é a Touraine, onde reina o Cabernet-Franc (DOC Bourgueil, Chinon mais a oeste) com vinhos de grande mineralidade, o Chenin (Montlouis e Vouvray no centro) e o Sauvignon blanc (mais a este) em branco. O Gamay e o Pineau d’Aunis são também castas indígenas bastante plantadas que dão tintos frescos e cheios de fruta como rosés.

Na região Centre destacam-se as DOC Sancerre e Pouilly-Fumé, famosas pelos brancos com a casta branca Sauvignon Blanc e com uma produção menos afamada de tintos com base na casta tinta Pinot Noir.

Que vinhos vamos provar esta 6ªfeira?

Vinhos brancos e tintos, por nós seleccionados durante as nossas visitas à região. E que temos a certeza que não deixarão indiferentes os curiosos da Loire.

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