6ªfeira, 16 de Setembro, nas 1001 noites: vinhos brancos austríacos com a casta Gruner Vetliner!

Caros Goliardos,

 O verão levou-nos à Áustria dos vinhos. Foi um périplo de 9000 km para descobrir regiões de vinho históricas, completamente por desbravar para nós. Sentíamos a adrenalina de conhecer um novo mundo, de não saber o que esperar, de estar à mercê do imprevisto. Estávamos pela primeira vez a visitar um país de vinhos onde não falávamos a língua, onde éramos verdadeiros estrangeiros. A comunicação foi-se fazendo em inglês, sem que sentíssemos que tal fosse uma barreira, com algumas gargalhadas pelos mal-entendidos inevitáveis. Os produtores visitados ficavam intrigados de verem por ali duas personagens vindas de Portugal e a curiosidade deles chegava a superar a nossa. As conversas extendiam-se num acolhimento simples, simpático, informal e caloroso. Fizemos boas descobertas de vinhas e de vinhos feitos com reflexão e paixão. Agora voltámos e temos pepitas boas para vos dar a descobrir.

Este mês será dedicado à Áustria! E claro..às vindimas!

Esta 6ªfeira, iremos dedicar as 1001 noites à casta branca Gruner Vetliner, a casta autóctone mais conhecida da Áustria. Acadinhos de chegar, iremos provar 5 vinhos de diferentes regiões, sempre em mono-casta Gruner Vetliner. Prometemos uma boa selecção!

Quando?  6ªfeira, dia 16 de Setembro, às 19h30

Onde?  Na garrafeira/bar de vinhos Os Goliardos, junto à praça da Alegria em Lisboa

Quanto? 20 euros por participante

O que inclui? 5 vinhos brancos, petiscos à acompanhar, e uma sessão pedagógica e animada sobre o tema

Como fazer a minha reserva? Basta enviar um e-mail com o nome dos interessados para info@osgoliardos.com. Os lugares são limitados, por isso a corrida está lançada!

A casta Gruner Vetliner é de longe a mais plantada de Áustria, com mais de 1/3 da área total de vinhas, tendo sido valorizada essencialmente nos últimos 50 anos. Em geral, esta casta dá vinhos muito frescos e frutados, que na gama mais baixa podem lembrar os vinhos verdes pela leveza e o lado acidulado, sobretudo na juventude, o que acontece maioritariamente. Actualmente encontram-se essencialmente os 2010 à venda, e os produtores que conhecemos mostram a sua pena em que não haja cultura de envelhecer vinhos.

Apresentam na juventude aromas de citrinos, maçã e pêra, consoante o sítio e o nível de maturação, e fruta branca do tipo pêssego, alperce nos vinhos mais concentrados, acompanhados frequentemente com toques de pimenta e de ervas mentoladas como o Aneto e podem refletir bem o terroir de origem no caso de produtores que procuram realçar a mineralidade e não só o lado “easy-drinking” que fez a fama deste vinho.

Está em geral plantada em solos de aluviões, chamados “loess”, do tipo arenosos, pouco férteis e onde há pouca retenção de água. As melhores parcelas como Heiligenstein, Lamm, Gaisberg são viradas a Sul e Sudeste.

O clima do vale do Danúbio é uma das explicações pelo nível alcançado pelos brancos na zona entre a Wachau e o Kamptal: nesta zona chamada Niederosterreich ou Baixa Áustria, os Alpes encontram a bacia Pannonien, criando uma mistura de suavidade do clima “Pannonien” com a humidade de influência atlântica do Waldwiertel, o que permite um intercâmbio permanente de correntes de ar quente e frio, com calor diurno e frescura nocturna.

Enquanto que a Wachau é uma região estreita, onde os vinhedos íngremes estão plantados até 450 m de altitude, na zona onde o Danúbio chega ao vale de Krems e sobe em direcção do Vale do Kamp, entramos numa zona de planura com terraços de loess e vinhedos protegidos das influências frias septentrionais pelas montanhas.

E para saberem mais, têm que vir provar J

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