Entrevista a Fernando Paiva, da Quinta da Palmirinha (Vinho Verde)

Vinho ao Vivo 2018, Festival Europeu do Terroir, 13 e 14 de Julho

Entrevistas realizadas por Nadir Bensmail d’Os Goliardos

Quinta da Palmirinha (Vinho Verde) Fernando Paiva

1. A tua serenidade e o teu lado ponderado nos fazem pensar a Fernando Santos, achas a comparação pertinente? Espero que o Fernando Santos goste mais de vinho do que eu de futebol

2. Os desafios do cultivo biodinâmico na região húmida do Minho?

Em 2001, numa reunião com um Diretor Regional de Agricultura, declarei a minha intenção de fazer viticultura biológica. Não me incentivou; pelo contrário, sugeriu que fosse fazê-lo para o Douro, ou para o Alentejo, porque, no Minho, por causa da intensa humidade, os fungos são muito difíceis de combater. Resultado: em 2007, não só continuava a fazer viticultura biológica, como pedi a certificação biodinâmica. E não quero outra coisa, porque, em biodinâmica, estamos sempre a inventar…

3. Sendo adeptos do teu vinhão (2014, 2016), ficamos tristes de saber que ias arrancar a vinha. Porque não imaginas mais espaço para as castas tintas minhotas como o Vinhão mas também algumas que se encontram no Ribeiro como Caiño longo, Caiño da terra, Brancellão?

O arranque desta parcela de Vinhão deve-se à maldita Flavescência Dourada. Também gosto muito desta casta e, então, a última colheita (2016), sem sulfitos, deixa uma enorme saudade. Imaginação não me falta, mas para mais realizações, é preciso, primeiro, corrigir o BI.

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