Entrevista a Pedro Marques, Vale da Capucha (Lisboa, Torres Vedras)

Vinho ao Vivo 2018, Festival Europeu do Terroir, 13 e 14 de Julho
Entrevistas realizadas por Nadir Bensmail d’Os Goliardos

Vale da Capucha (Lisboa, Torres Vedras)  Pedro Marques

1.Crescimento e enraizamento   
Processos maravilhosos, podemos analisá-los de diferentes ângulos. Vejo agora, passadas 8 vindimas [ena tantas!], as vinhas a demonstrar “enraizamento” e nós em plena fase de “crescimento” a tirar o melhor partido delas. Sempre a experimentar, vamos campanha a campanha percebendo como fazer…

2. Vinhos atlânticos : não me digas que estás a produzir numa ilha no meio do alto mar, tu também?   
Olha que na DOC Torres Vedras fomos gota no oceano! mas as coisas estão diferentes agora… para melhor. Há mais gente a querer puxar pelas dimensões “clima e solo” dos vinhos, sobretudo nas adegas. O potencial “atlântico” reside nas vinhas, só é preciso perceber como exprimi-lo na adega. Experimentámos outras parcelas perto de nós e os vinhos também são bons!

3. Acidez, maturação, frescura   
Acidez e frescura são coisas muitas vezes confundidas erradamente. Vinhos ácidos, sem equilíbrio, fruto de maturação deficiente podem não ser frescos, nem bons de beber. Revelar frescura no vinho é a mestria, muitas vezes a acidez nem é alta… mas aquelas uvas foram vindimadas na plena maturação, o vinho faz sentido e a frescura acaba por se mostrar… Perceberam??? Claro que não! Demora alguns anos na vinha e na adega para se chegar lá!

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